28 maio 2010

A distancia trás a saudade, nunca o esquecimento...

Acabei de ligar agora para a AMIGA, que faz anos, isto dos fusos horários dá nisto, daqui a pouco não lhe dava os PARABÉNS no dia...
Tenho saudades de sair de casa a qualquer hora do dia e a minha mãe já saber onde eu ia, tenho saudades de me sentir em casa, na tua casa.... de te chatear a cabeça para irmos sair quando tu só querias livros. De tudo... de vos ter por perto, daqueles momentos em que o dedicávamos só a nos...
Acho que me sinto pior agora, aquela dor no coração, a saudades que fica daqueles momentos, o desejo de te estar a ver cara a cara.... fico sempre pior depois de falar com as pessoas, parece que fica algo por dizer, coisas que sinto que já não fazem sentido dizer, coisas que eu se tivesse lá, lhe contaria, se não fosse no mesmo dia, era no dia a seguir, coisas que agora ficam cá dentro a espera da altura certa, ou talvez de encontrar a pessoa certa, a pessoa que volte a confiar, com quem tenha a mesma amizade que tinha com ela, e com todas.
Como eu gostava que as lembranças não cai-sem no esquecimento, continuassem aqui, que a saudade não existi-se, que fosse estalar os dedos, e eu poder estar ai, que tudo volta-se, ao que eu gosto de chamar de normal.
Sabem o que eu senti quando deixei alguém importante para trás? Senti que as outras pessoas pensam, que elas eram tudo, menos importantes para ti.... mas isso é a ultima coisa que me passou pela cabeça. Tive vontade de as trazer comigo, de lhes explicar que a vida as vezes é injusta e que a ultima coisa que queremos é falar nisso. As vezes as nossas escolhas tem que ser pensadas de cabeça fria e sem pensar duas vezes...
Se eu volta-se a mesma altura, teria feito a mesma coisa.... Essa é a verdade, que as vezes até a mim me custa admitir.
Não saí de Portugal, para fugir de algo, não sai de Portugal porque achei que era o melhor para alguém, saí porque era o melhor para mim, porque ao ter que escolher entre a família e os amigos , eu escolhi a família, a que sempre me apoiou, que sempre me deu tudo que queria, mesmo não sendo uma boa altura para isso, que fez com que nunca me falta-se nada, que me puxava o cobertor nas noites mais frias, que se punha a pé durante a noite de hora em hora para ver se estava a respirar bem, mesmo sabendo que no dia se tinha que por a pé cedo para ir trabalhar.
No ano passado, não gostava da ilha, queria voltar com todas as minhas forças para Portugal, queria a vossa amizade de volta, queria o meu sonho, os meus desenho, queria a escola, queria tudo... mas em um ano tudo muda, elas fazem novas amizades, e não fazia sentido para mim sair com os amigos delas, olhar para o sitio que abandonei.... tudo mudou...

1 comentário:

Mary disse...

ha alturas na vida em que temos de ponderar muito bem entre duas coisas que sao importantes/essenciais para nos : )